domingo, 22 de agosto de 2010

Filadélfia

"Filadélfia", por Jonathan Demme.

 A história de um promissor advogado que perde seu emprego repentinamente após uma grande conquista pode ser simples, mas e se fosse um jovem advogado com AIDS? É com essa situação que vamos conhecendo a história de Andrew Beckett (Tom Hanks), um promissor advogado de uma empresa de prestígio na Filadélfia e que tem seu emprego cortado da noite para o dia.
 Com uma atuação maravilhosa, verdadeira e muito intensa, Tom Hanks extrai a mais profunda comoção do espectador e apresenta a história de Andrew. Nesse filme, que foi rodado em 1993, somos apresentados a uma Filadélfia de preconceitos e homofobia onde um homem tenta restituir sua honra depois de um golpe em sua carreira.
 Desde o começo já nos é apresentada a doença de Andrew, sua luta para administrá-la e o rumo que o mesmo vai tomando por conta dela. Após sua demissão, Andrew certo de que foi vítima de um golpe resolve levar sua empresa a suprema corte, para isso conta com o apoio do advogado Joe Miller (Denzel Washington) e Miguel Alvare (Antonio Banderas), o namorado de Andrew.
 A intensidade com que a Tom Hanks trabalha é praticamente uma aula de interpretação, sua expressão, sua angústia, cada minuto que o filme avança vemos o sofrimento do personagem aumentar, e o melhor disso é ver que o ator embarcou nessa, temos uma cena onde Andrew descreve uma ópera que é arrebatadora! A profundidade que seu olhar nos leva desperta intrigas e nos prende a pensar o que faríamos na condição dele, um homem com a morte sentenciada! A troca que ele tem com o público é de uma intensidade que quebra qualquer convenção de comunicação, é de arrepiar! Denzel Washington também trabalha bem, mas não foge do seu tipo para o personagem, é durão, amargo, não foge disso, acho que trabalhou tendo consciência que a cena em quase todos momentos era do colega, o que demonstra uma bondade enorme, um saber se comportar em cena pensando no todo e não no seu próprio destaque. Quem também rouba a cena é Antonio Banderas, que por seu personagem ser o companheiro de Andrew ele contribuía com o clima da cena de uma maneira incrível, nos momentos de dor ou alegria o seu Miguel dava um toque único que gerava algo em Andrew e nos direcionava para algum lugar.
 O filme todo se passa na luta dos dois, no avanço da doença de Andrew e no julgamento do processo. Acho que por ser um filme de 1993, a caracterização mandou muito bem, pois as lesões que Andrew tinha eram muito reais sem beirar o exagero. 
 Olho tudo que escrevi e sinto um aperto, penso ter escrito pouco pelo tamanho que achei do filme, pelo tanto que me comoveu assistí-lo, mas o filme é basicamente o trabalho de Tom Hanks, o qual já comentei, os demais são acréscimos que só ajudaram a tornar o mesmo uma obra-prima, e como não quero cair no segmento sinopse do filme acho melhor ir parando por aqui. Foi indicado ao Oscar por: Melhor ator, melhor canção original, melhor maquiagem, melhor canção e melhor roteiro original.
Boa semana a todos!


1 comentários:

Unknown disse...

Olá,

Sou assessor de imprensa do Grupo de Artes e Teatro da Ilha do Governador e estamos realizando o X Festival de Esquetes Elbe de Holanda. Envio release para possível publicação no seu blog. No nosso site tem uma filipeta virtual para ilustrar a notícia.

Obrigado, Norton Tavares.

norton@nortontavares.com
www.gatig.com.br

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Estão abertas as inscrições para o X Festival de Esquetes Elbe de Holanda. Serão 30 esquetes que se apresentarão durante os três primeiros finais de semana de novembro (dias 6, 7, 13, 14, 20 e 21). A premiação será no dia 27.

Em sua décima edição, o palco estará aberto para grupos, profissionais ou amadores, apresentarem esquetes com até 15 minutos de duração.

O festival já faz parte do calendário do Rio de Janeiro, reunindo artistas de diversos municípios e até de outros estados.

Serão premiados o Melhor Texto Original, Direção, Ator, Atriz, Indumentária, Sonoplastia, Revelação e Destaque. Para os três melhores esquetes serão oferecidos prêmios em dinheiro: R$1.000 para o primeiro colocado, R$500 para o segundo e R$300 para o terceiro.

Integrantes do Gatig podem participar da Mostra Paralela e não concorrerão com os outros esquetes. O edital com as regras da mostra estará disponível em breve.

As inscrições vão até o dia 30 de setembro e custam R$35,00. Dúvidas, reclamações e sugestões podem ser enviadas para festival@gatig.com.br.

O edital pode ser baixado em www.gatig.com.br. A lista com os selecionados será publicada no dia 11 de outubro.

A Casa de Cultura Elbe de Holanda fica na Rua Engenheiro Rozauro Zambrando, 302 - Jardim Guanabara - Ilha do Governador - Rio de Janeiro.

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